segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Falta de lista de ‘fichas-sujas’ pode dificultar a Lei da Ficha Limpa

A falta de um banco de dados nacional com o nome de políticos envolvidos em casos de desvio de conduta pode dificultar a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2014, as primeiras com a versão ampliada da lei.
Sem um cadastro que reúna todos os nomes de políticos que se enquadram nessa situação, o Ministério Público terá dificuldade para contestar a validade da candidatura de políticos “fichas-sujas”.

Segundo o procurador eleitoral de São Paulo, André Ramos, a dificuldade em checar cada caso é crítica e o prazo é curto. “Calcula-se que teremos cerca de 5.000 candidatos em SP, e a Procuradoria Regional Eleitoral no estado tem dois procuradores. Estamos muito preocupados”, disse Ramos.
Uma opção para solucionar o problema é pesquisar o cadastro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que reúne todos os nomes de políticos condenados por improbidade administrativa ou outros desvios que resultam em inelegibilidade.
Porém, o CNJ argumenta que o cadastro não poderia servir como única fonte de informação do Ministério Público, pois nem todos os nomes da lista são inelegíveis e nem todos os inelegíveis estão na lista. No caso de improbidade administrativa, por exemplo, para tornar o político inelegível é preciso provar que ele teve a intenção de praticar o crime de enriquecimento ilícito, mas a lista do CNJ não faz essa distinção.
Nas eleições de 2012, uma ação conjunta entre o Ministério Público e alguns tribunais resultou na criação de várias listas contendo o nome de políticos “fichas-sujas”. Mas, segundo Ramos, as listas são um retrato do momento político do ano e não foram atualizadas.
A resolução que definirá as regras para as próximas eleições está prevista para ser publicada em março de 2014.

terça-feira, 7 de maio de 2013

MEC disponibiliza curso online e gratuito de francês



Quer aprender francês e não tem tempo ou dinheiro para pagar um curso? Se este é o seu caso, o Ministério da Educação (MEC) te ajuda no aprendizado da língua sem sair de casa com o site "Francoclic". No endereço virtual, é possível assistir a aulas online gratuitas em todos os níveos do idioma.

Com diferentes módulos temáticos, a iniciativa do MEC pretende atingir o público de uma maneira interativa. O "Reflets-Brésil" apresenta vídeo-aulas com enredo semelhante ao das tele-novelas. No "Br@nchez" é possível fazer exercícios gramaticais e ter acesso a fichas pedagógicas. Já no "Le monde francophone", o estudante encontra notícias sobre a França e os demais países que falam o idioma. E por aí vai.

O site "Francoclic" 
 (www.francoclic.mec.gov.br) é resultado de uma parceria entre o MEC e a Embaixada da França no Brasil.

terça-feira, 12 de março de 2013

Conhesa seu pneus em quaquer lugar.

LEGENDAS:
1 Marca e denominação registrada do fabricante.
2 Símbolo de certificação do Inmetro.
3 Largura da seção em mm.
4 Denominação do pneu (120/90-17).
5 90 % da largura da seção do pneu, que resultará na altura.
6 Tipo de construção diagonal.
7 Aro do pneu em polegadas.
8 Índices de velocidade e carga.
9 RP 38: denominação interna da linha
10 DP: Dual Prupose: uso duplo, urbano e rural.
11 Indica o uso do pneu com câmara de ar ou sem câmara de ar.
12 Data de fabricação. Ex.: 0209. (semana/ano)
13 Nome comercial da linha.
14 Dados de identificação do fabricante.
Pneus

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

pence nisso.

“Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero. Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte, tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas, elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos."

Clarice Lispector

Médico explica como inalação de fumaça afeta saúde

Há dois problemas críticos em situações de incêndio: inalação de substâncias tóxicas e  queimaduras internas

 Fumaça inalada é perigosa não apenas por carregar toxinas, como também por sua alta temperatura

Sobreviventes de tragédias como o incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em alguns casos têm de conviver com sequelas físicas e psicológicas para o resto de suas vidas.
A BBC Brasil conversou com o pneumologista José Eduardo Afonso Júnior, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, para saber como a inalação de fumaça em incêndios afeta o organismo.
Afonso explicou que há dois problemas críticos em situações de incêndio: a inalação de substâncias tóxicas e as queimaduras internas provocadas pela inalação de fumaça quente.
— O monóxido de carbono que se forma a partir da queima de materiais entra pelo pulmão e cai na corrente sanguínea, ocupando espaço nos glóbulos vermelhos onde deveria estar o oxigênio.
— Quando os glóbulos vermelhos ficam tomados por monóxido de carbono, não conseguem transportar oxigênio, o que provoca a morte.
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O médico citou como exemplo casos onde pessoas morrem por inalar monóxido de carbono em uma garagem fechada.
Tóxica e Quente
Mas, no caso de incêndios, a fumaça inalada é perigosa não apenas por carregar toxinas, como também por sua alta temperatura.
'A fumaça gerada pela combustão de produtos que espumam, como plástico, já é altamente tóxica. Mas, além disso, a alta temperatura dessa fumaça causa lesões na traqueia e nos brônquios, chegando até os alvéolos' (estruturas localizadas dentro do pulmão onde ocorre a troca de gases - oxigênio e gás carbônico).
O médico explicou que, quando a fumaça muito quente é inalada, os brônquios da pessoa se fecham.
— É como uma crise aguda de bronquite que fecha os brônquios e não deixa o ar passar. Você sofre pela falta de ar e pode sentir dor porque a traqueia tem nervos que dão sensação de dor.
— A combinação da inalação do monóxido de carbono com a lesão térmica leva ao óbito em poucos minutos.
Boate Kiss
Comentando sobre a tragédia na casa noturna gaúcha, Afonso disse supor que a maioria das vítimas tenha morrido por asfixia.
— A impressão que tenho, com base apenas nas imagens que vi, é de que a maior parte morreu por causa da fumaça e do monóxido de carbono, não pela queimadura em si.
Segundo Afonso, quando há queimaduras internas por fumaça quente, a face e os cabelos da vítima também ficam queimados.
— Pelo que ouvi, os corpos não estavam carbonizados, Então, suponho que a causa da morte tenha sido asfixia.
Se há muita fumaça, e dependendo da concentração de toxinas, a pessoa perde a consciência mais rápido, ele explicou.
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Ele enfatiza, no entanto, que seus comentários são hipotéticos, pois ele não possui informações específicas sobre o caso da boate Kiss.
Sequelas
Enquanto alguns, nesse momento, lutam para enfrentar a perda de entes queridos, outros velam, ansiosos, pelas dezenas de jovens internados nos hospitais da região.
Em sua entrevista à BBC Brasil, o pneumologista José Eduardo Afonso Jr. disse que muitos pacientes que sobrevivem a tragédias como essa se recuperam completamente.
É o caso, por exemplo, de pacientes que sofreram intoxicação por monóxido de carbono e perderam a consciência mas foram resgatados a tempo.
— Ficam no suporte de oxigênio e sob monitoramento, mas o monóxido de carbono vai sendo liberado e há mínimas sequelas.
— Apenas em casos em que a oxigenação ficou baixa durante muito tempo pode haver sequelas neurológicas.
Segundo Afonso, a lesão neurológica provocada pela ausência prolongada de oxigênio no cérebro é conhecida como encefalopatia anóxica.
'Quando isso ocorre, o paciente não acorda, fica em coma'.
'Mas se a oxigenação foi revertida rapidamente, o paciente tem condições de ficar bem'.
Mais problemática, ele explicou, é a lesão térmica e química.
— A longo prazo, a cicatrização dessas lesões térmicas pode levar a doenças crônicas, como acontece com fumantes', explicou. 'Em casos mais sérios, pode haver limitação das atividades normais do paciente.
Isso ocorre porque, segundo Afonso, a cicatrização não gera um tecido idêntico ao anterior. O tecido cicatrizado muitas vezes perde sua propriedade básica, de trocar oxigênio com a corrente sanguínea de maneira eficiente.
— Dependendo do grau de lesão, há sequelas leves, onde a pessoa vive bem. Se a lesão for mais grave, a pessoa pode precisar de suplementos de oxigênio para o resto da vida, porque o seu pulmão não dá conta.
Outra consequência grave de lesões térmicas é que as queimaduras nas vias respiratórias tiram a proteção natural dos tecidos e deixam a pessoa mais vulnerável a infecções.
— A destruição da camada interna dos brônquios e da traqueia favorece infecções e muitos morrem mais tarde, vítimas dessas infecções.
— Aliás, infecções são uma causa comum de morte entre queimados, tanto em queimaduras de pele como de pulmão.
Uma outra sequela comum entre sobreviventes de incêndios é o acúmulo, dentro do pulmão, de partículas sólidas dos produtos em combustão, carregadas pela fumaça.
Estoques de pele de países vizinhos são acionados para atender Santa Maria
'Aquilo se solidifica e fica depositado lá, o pulmão não consegue se livrar desses resíduos', explicou Afonso.O médico lembrou que há várias doenças provocadas pelo acúmulo de resíduos nos pulmões, não apenas em consequência de incêncios.
Trauma Emocional
De maneira geral, a sensação de falta de ar tende a provocar pânico profundo nas pessoas, disse o pneumologista.
Ele explicou que muito depende da pessoa e do que ela vivenciou. Mas contou que transtornos de ansiedade (incluindo-se, em casos extremos, a Síndrome do Pânico) e depressão são comuns nesses casos.
— Se os seus amigos afundam sua cabeça na piscina, ficar sem respirar, mesmo que por poucos segundos, já é suficiente para causar um pânico grande.
— Entre os sobreviventes de um incêndio como esse, além da situação de estresse e tumulto, quem não conseguiu respirar certamente viverá um trauma.
Afonso citou casos de pessoas que se recuperaram bem mas começaram a ter crises de falta de ar, sem qualquer justificativa pulmonar.
'Com certeza, esses pacientes devem procurar ajuda psicológica', recomendou o pneumologista.
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